Impacto da atividade profissional sobre a sa�de f�sica e mental de profissionais da seguran�a p�blica - an�lise bibliom�trica

Submetido em: 09-09-2021

Aceito em: 17-01-2021

 

Biankarla Santos B�rbara Melo

Pol�cia Militar do Estado de Goi�s, Goi�nia/GO, Brasil

[email protected]

*        https://orcid.org/0000-0002-6069-5110

RESUMO

Este estudo objetivou realizar uma pesquisa bibliom�trica sobre a sa�de f�sica e mental de profissionais de seguran�a p�blica e verificar o estado da arte das publica��es cient�ficas sobre essa tem�tica, entre os anos de 2011 e 2020. Foram realizadas buscas no Peri�dico Capes com os seguintes descritores: sa�de dos policiais; sa�de mental; e pol�cia. Considerando que a profiss�o policial est� no topo das profiss�es com maiores riscos de adoecimento, levantou-se o seguinte questionamento: como e com que frequ�ncia vem sendo publicados estudos que busquem compreender esse adoecimento? A an�lise bibliom�trica permitiu concluir que houve 741 artigos publicados. Destacaram-se, em rela��o ao n�mero de publica��es, as autoras: Cec�lia Minayo e Edinilsa de Souza; as bases de dados: One File (GALE) e a Directory of Open Access Journals (DOAJ); os peri�dicos:� Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva e a Revista Direito e Praxis, com Qualis A3 e A1 respectivamente; e finalmente os idiomas mais utilizados nessas publica��es foram o ingl�s e o portugu�s. Os resultados da bibliometria evidenciaram que as pesquisas nessa �rea s�o limitadas e que s�o necess�rios mais estudos para subsidiar a cria��o de pol�ticas p�blicas em sa�de espec�ficas que acolham e atendam �s necessidades desses profissionais.

Palavras-chave: sa�de dos policiais; sa�de mental; pol�cia; bibliometria; sa�de.

 

INTRODU��O

 

Compreender que a sa�de � um direito fundamental e que, desse modo, deve ser garantida pelo Estado a todos os cidad�os, resguardando assim o princ�pio da universalidade, � o que motiva esse estudo. Perceber o profissional de seguran�a p�blica como um sujeito de direitos que adoece f�sica e mentalmente pelo processo de trabalho no decorrer de seu exerc�cio laboral � algo que esse levantamento deseja apontar.

A profiss�o de policial est� no topo das profiss�es com maiores riscos de adoecimento f�sico e ps�quico, isso ocorre fundamentalmente pela carga de estresse; pelas exig�ncias sociais e de superiores hier�rquicos; e pela viol�ncia diariamente enfrentada por esses profissionais (MINAYO et al, 2008). Diante do exposto, levanta-se o seguinte questionamento: de quais maneiras a fun��o laboral � respons�vel por fomentar esse processo de adoecimento? Qual a frequ�ncia e qualidade dos estudos cient�ficos produzidos no intuito de investigar essa tem�tica t�o importante?

Esse estudo possui o objetivo geral de realizar um estudo bibliom�trico sobre adoecimento f�sico e mental de profissionais da seguran�a p�blica nos �ltimos dez anos (janeiro de 2011 a dezembro de 2020) de publica��es em uma importante base de dados, o Peri�dico Capes (Portal de Peri�dicos da Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior). Essa pesquisa possui tamb�m alguns objetivos espec�ficos, a saber: descrever a sa�de de policiais; descrever a temporalidade e periodicidades de publica��es sobre o tema; relatar quais autores, bases de dados, peri�dicos (com seus Qualis) mais frequentemente publicam sobre o assunto; e, finalmente, evidenciar o idioma mais recorrentemente utilizado nessas publica��es.

Essa pesquisa justifica-se na medida em que nas principais bases de dados n�o s�o t�o frequentes estudos que abordem o adoecimento de profissionais da seguran�a p�blica. A relev�ncia desse estudo consiste em discutir a associa��o entre o trabalho policial e o adoecimento f�sico e mental desse profissional. Nesse sentido, � indispens�vel levantar quest�es referentes a organiza��o do trabalho dentro das institui��es policiais e apontar como essa organiza��o � respons�vel por promover ou impedir que comorbidades se instalem.

A partir desse levantamento bibliom�trico, ser�o fornecidos aos gestores da sa�de e da seguran�a p�blica importantes dados a respeito da sa�de desses trabalhadores. Essas informa��es os municiar�o para que possam discutir e criar pol�ticas espec�ficas que acolham e atendam a necessidades tamb�m pr�prias desse servidor. Nesse processo, � fundamental conhecermos a estrutura de trabalho e o estilo de vida desses servidores, para compreendermos como a organiza��o e a psicodin�mica do trabalho podem fomentar o adoecimento f�sico e mental.

Para o maior esclarecimento e aprofundamento dessa tem�tica ser�o abordados no referencial te�rico os seguintes assuntos: a sa�de geral, e a sa�de mental do policial. O desenvolvimento teor�tico desses dois conte�dos se faz necess�rio para se conhe�am as especificidades em rela��o a sa�de dessa popula��o, ademais, essa constru��o � fundamental para se maximizar as possibilidades de discuss�o e conclus�o do objeto desse estudo.

 

1 A SA�DE DO POLICIAL

A profiss�o policial est� no topo das profiss�es com maiores riscos inerentes a execu��o de suas fun��es. Epidemiologicamente, risco � definido como a probabilidade de ser acometido por alguma doen�a. Os policiais realizam suas fun��es sob constante estresse. Isso ocorre por press�es e exig�ncias de superiores hier�rquicos, pelas altas expectativas sociais, pelo enfrentamento di�rio a viol�ncia extrema, pela impossibilidade de agir em determinadas ocorr�ncias, por exig�ncias de participa��o em escalas extras e pelo risco iminente de morte. Todos esses fatores s�o gatilhos para que o profissional de seguran�a p�blica tenha um acentuado risco de adoecer f�sica e mentalmente no decorrer de sua carreira laboral.

As situa��es de estresse vivenciadas no cotidiano desse profissional fazem com que haja uma constante libera��o de horm�nios, tais como adrenalina, noradrenalina e cortisol. Esse desiquil�brio hormonal resulta em respostas biol�gicas alteradas que se traduzem em respostas imunol�gicas diminu�das, aumentando a chance desse indiv�duo adoecer.

A literatura destaca que entre os problemas de sa�de geral mais comumente encontrados nas corpora��es policiais se encontram: doen�as cardiorrespirat�rias, obesidade, s�ndrome metab�lica, altera��es glic�micas e doen�as ortop�dicas. As doen�as cardiorrespirat�rias, as altera��es glic�micas, a obesidade e a s�ndrome metab�lica est�o associadas principalmente aos h�bitos de alimenta��o inadequados e ao sedentarismo desses profissionais (MINAYO et al, 2008; SANTOS et al, 2016). As doen�as cr�nicas t�m aumentado consideravelmente entre policiais, pois o ritmo acelerado de trabalho e a descarga hormonal constante fomentam o surgimento dessas doen�as, o sedentarismo e a baixa qualidade alimentar s�o potencializadores dessas comorbidades.

As doen�as ortop�dicas est�o frequentemente ligadas � quest�o postural no momento do trabalho, e �s longas horas de p� ou sentado. Al�m disso, o uso de equipamentos de prote��o individual (EPI): coletes antibal�sticos e armamentos pesados por v�rias horas do dia tamb�m s�o respons�veis por problemas ortop�dicos entre policiais (TRIGO et al, 2007; MINAYO et al, 2008; SANTOS et al, 2016). A longa jornada de trabalho di�ria do policial faz com que esse passe v�rias horas do dia em uma mesma posi��o (sentado ou de p�), gerando fadiga muscular, e isso, ao longo dos anos, pode causar problemas osteomusculares. Essa situa��o � agravada quando esse policial carrega, al�m do peso corporal, EPI�s com excesso de carga, o que potencializa a sintomatologia dolorosa das regi�es cervical, tor�cica, lombar, e nos membros superiores e inferiores.

Observado o estilo de vida e trabalho do policial, a literatura tem evidenciado que os h�bitos delet�rios mais comumente encontrados entre esses profissionais s�o: a adic��o ao �lcool e outras drogas (principalmente a maconha e tranquilizantes); tabagismo; aus�ncia de pr�tica regular de atividade f�sica (sedentarismo); e a rotina de alimenta��o inapropriada com alto teor de de a��cares, gorduras e carboidratos simples (MINAYO et al, 2008; BATISTA et al, 2018).

A hipertens�o arterial sist�mica (HAS) � uma doen�a cr�nica multifatorial e multissist�mica que atinge a popula��o mundial, sendo enquadrada como problema de sa�de p�blica em nosso pa�s e vem crescendo em grandes propor��es entre policiais. Essa enfermidade tornou-se uma grande preocupa��o para os gestores em sa�de, por se tratar de uma doen�a cardiovascular e um importante fator predisponente para o desenvolvimento de outras doen�as cr�nicas (SILVA et al, 2014) e dentro das corpora��es da pol�cia militar isso tamb�m pode ser observado. Santos et al (2016) avaliaram 1050 prontu�rios de policiais militares em 2014 e observaram uma preval�ncia de 16% de doen�as cardiorrespirat�rias (SANTOS et al, 2016).

Cordeiro et al (2015), em estudo com policiais militares de Campina Grande (PB), averiguaram que 84,9% dos indiv�duos volunt�rios apresentam algum grau de obesidade, dentre estes 35,6% j� evidenciam um grau de obesidade elevado (CORDEIRO, 2015). Estudo realizado por Lima et al (2016) com policiais na cidade de Russas (CE), que objetivou compreender o perfil morfol�gico, atrav�s do �ndice de Massa Corporal (IMC) e da rela��o cintura/quadril (RCQ), observou a presen�a de elevado peso corporal. O estudo concluiu que 91% dos policiais apresentavam riscos com implica��es em sua sa�de, com �nfase na preval�ncia de sobrepeso e obesidade, observou tamb�m em rela��o ao IMC que 52% dos policiais eram pr�-obesos; e 22% apresentavam obesidade (LIMA et al, 2016).

Pode-se concluir, atrav�s dos estudos nessa �rea, que a sa�de geral de profissionais da seguran�a p�blica � de v�rias maneiras afetada pelas condi��es de trabalho desse servidor. Os h�bitos adquiridos durante o transcorrer da vida laboral nas corpora��es, associados ao estresse di�rio e � falta de pol�ticas p�blicas de sa�de espec�ficas que atendam a esses profissionais s�o agravantes para que n�o haja uma melhora nos n�veis de sa�de desse servidor, que desenvolve um trabalho t�o importante para a sociedade.

 

2 A SA�DE MENTAL DO POLICIAL

Dejours advoga que o trabalho pode ser fonte de sofrimento f�sico e ps�quico do trabalhador e isso est� diretamente relacionado � forma como as regras de execu��o das tarefas s�o estabelecidas dentro da organiza��o do trabalho (DEJOURS, 1992). Segundo Minayo, o adoecimento ps�quico dos policiais est� principalmente relacionado �s altas cargas de estresse e de viol�ncia por eles vivenciadas; �s cobran�as advindas de superiores hier�rquicos; �s escalas extras que ultrapassam a carga hor�ria normativa preestabelecida; �s altas expectativas por parte da sociedade, e dos pr�prios policiais; � impossibilidade de agir em alguns tipos de ocorr�ncias; e finalmente ao confronto di�rio com a possibilidade da morte (MINAYO, 2008).

Em rela��o �s mol�stias ps�quicas, a literatura tem evidenciado que o policial � mais comumente acometido por: S�ndrome de Burnout e outros transtornos ps�quicos, como depress�o, s�ndromes do p�nico, bipolaridade e estresse p�s-traum�tico (TRIGO et al, 2007; COSTA et al, 2007; BEZERRA et al, 2013). A organiza��o do trabalho nas corpora��es policiais, em v�rias situa��es e contextos, pode se mostrar disfuncional e isso predisp�e o servidor ao adoecimento mental. As cobran�as por parte de superiores hier�rquicos, as press�es inerentes ao enfrentamento da viol�ncia, a exig�ncia de participa��es em escalas extras, a falta de equipamentos de prote��o individual adequados e a aus�ncia de espa�os de escuta que acolham esse indiv�duo, s�o algumas das causas do adoecimento mental desses profissionais.

A S�ndrome de Burnout � caracterizada pelo esgotamento f�sico e mental decorrente da pr�tica laboral. Definida como processo iniciado com excessivos e prolongados n�veis de estresse e tens�o no trabalho, leva � exaust�o funcional por absoluta falta de energia, produzindo preju�zo em seu desempenho f�sico ou mental (TRIGO et al 2007; ALVES et al, 2017). Essa s�ndrome tem se tornado cada vez mais comum entre os policiais e mudan�as na psicodin�mica do trabalho policial s�o fundamentais para a redu��o dessa altera��o de esgotamento do servidor.

Alves et al (2017) desenvolveram um estudo sobre policiais, com o intuito de verificar o papel emocional na incid�ncia de burnout. Os resultados evidenciaram que todas as dimens�es do trabalho emocional se mostraram preditoras do burnout: variedade e intensidade das emo��es, frequ�ncia de intera��o com suspeitos e criminosos, regula��o profunda e regula��o superficial, e a necessidade de expressar emo��es positivas como parte do trabalho policial (ALVES et al, 2017).

Outra pesquisa com policiais do Comando de Policiamento da Capital (CPC) de Natal (RN) objetivou diagnosticar a ocorr�ncia e a fase de estresse em policiais militares, al�m de determinar a preval�ncia de sintomatologia f�sica e mental. Utilizou-se o Invent�rio de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp. Os resultados encontrados evidenciaram: a propor��o de policiais sem sintomas de estresse foi de 52,6%, enquanto 47,4% apresentaram sintomatologia, sendo as mulheres as mais afetadas (COSTA et al, 2007).

Bezerra et al (2013) sugerem que o sofrimento ps�quico � mais fortemente encontrado entre os oficiais com cargos de chefia; e entre os policiais com atividades operacionais pelo risco que oferecem. O exerc�cio f�sico foi apontado como a estrat�gia considerada mais eficaz para prevenir as consequ�ncias do estresse (BEZERRA et al, 2013).

Wagner et al (2012) realizaram estudo com o objetivo de avaliar a sa�de mental e a qualidade de vida de policiais da regi�o metropolitana de Porto Alegre (RS), atrav�s do preenchimento do Question�rio de Qualidade de Vida da Organiza��o Mundial de Sa�de (WHOQOL-Bref) e o Question�rio de Sa�de Geral (QSG-12), e conclu�ram que o grupo de policiais com maiores preju�zos na qualidade de vida e na sa�de mental foi o de participantes com mais de dez anos de profiss�o, que tamb�m apresentou maior frequ�ncia de doen�as cr�nicas, uso regular de medicamentos e menos atividades de lazer (WAGNER et al, 2012).

As condi��es de trabalho e a forma como as corpora��es policiais se organizam, se estruturam e se operacionalizam s�o respons�veis pelo adoecimento mental desse profissional. Ainda h� muito preconceito entre os consortes em rela��o ao colega doente psicologicamente. O esgotamento ps�quico � mais comum entre policiais do que os estudos indicam, pois v�rios policiais deixam de procurar tratamento psicol�gico ou psiqui�trico por temerem a maneira como ser�o vistos dentro da corpora��o. Nesse contexto, as mudan�as na organiza��o do trabalho policial e a constru��o de espa��es de escuta para esse servidores s�o fundamentais para melhorar os n�veis de sa�de mental dentro das organiza��es policiais.

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3 METODOLOGIA

Esse estudo possui um desenho descritivo e quantitativo, uma vez que evidencia, atrav�s de an�lise bibliom�trica, o estado da arte das principais publica��es sobre o adoecimento de policiais nos �ltimos dez anos.

A bibliometria consiste em uma an�lise quantitativa que auxilia bastante nas pesquisas cient�ficas. � um campo da biblioteconomia respons�vel por� levantar dados, gerar indicadores variados e auxiliar� atrav�s de planilhas, gr�ficos e figuras a visualiza��o do desenho de determinados temas e� publica��es (SANTOS; PANOSSO NETTO; WANG, 2017). O termo foi primeiramente utilizado por Alan Pritchard e por Paul Otlet no idos da d�cada de 1960 (MOMESSO; NORONHA, 2017). As an�lises oriundas da bibliometria n�o possuem apenas cunho te�rico, mas s�o um exerc�cio que possibilita uma vis�o mais abrangente e traz repercuss�es pr�ticas no momento de avaliar estatisticamente as refer�ncias bibliogr�ficas. Esse tipo de estudo tem aumentado no meio acad�mico e na comunidade cient�fica.

O levantamento dos artigos cient�ficos utilizados nessa an�lise bibliom�trica seguiu as seguintes etapas: 1) escolha de uma base de dados ampla e com grande n�mero de indexa��es, no caso a base escolhida foi o Peri�dico Capes; 2) escolha de um bom descritor que atendesse a busca desejada; 3) separa��o dos dados de interesse; 4) an�lise dos dados obtidos; e, finalmente, 5) a exposi��o resultados e discuss�o dos mesmos.

A bibliometria em quest�o evidenciou como a pesquisa cient�fica sobre adoecimento dos profissionais de seguran�a p�blica tem se comportado. Atrav�s da an�lise de alguns aspectos (distribui��o temporal das publica��es; distribui��o temporal de artigos revisados aos pares; autores com maior n�mero de publica��es; revistas com maior n�mero de publica��es; distribui��o segundo o idioma publicado; e Qualis dos peri�dicos que mais publicaram sobre o assunto), p�de-se levantar elementos que nortear�o outras pesquisas sobre essa tem�tica. A an�lise estat�stica foi realizada por meio da contagem simples do total dos dados de interesse do objeto pesquisado e, posteriormente, foi realizado o c�lculo percentual desses dados encontrados, ano a ano.

A busca foi realizada no Peri�dico Capes, especificamente na Comunidade Acad�mica Federada (CAFE). O Per�odo de busca foi de 01/01/2011 at� 31/12/2020 (10 anos de publica��es).� O tipo de material selecionado foi �somente artigos cient�ficos�. A busca foi realizada atrav�s do filtro �assunto�, e foi utilizado o descritor: �sa�de dos policiais�. A pesquisa realizada no peri�dico Capes possui acesso livre e gratuito e o uso de dados n�o est� sujeito a quest�es �ticas.

O Portal Peri�dico Capes � uma biblioteca virtual de acesso livre que re�ne e disponibiliza gratuitamente vasta produ��o cient�fica tanto nacional quanto internacional. Possui acervo de 45 mil peri�dicos, 130 bases referenciais, 12 bases exclusivamente destinadas a patentes, al�m de enciclop�dias, livros, normas t�cnicas, obras de refer�ncia, estat�sticas e conte�do audiovisual. Esse portal foi idealizado com intuito de alimentar e fortalecer os programas de gradua��o e p�s-gradua��o em todo o Brasil, democratizando assim o acesso � informa��o cient�fica.

 

4 APRESENTA��O DOS RESULTADOS E DISCUSS�O

Para a an�lise bibliom�trica dessa pesquisa foram realizadas buscas no Peri�dico Capes com o seguinte descritor: Sa�de dos Policiais.

Foram analisadas as publica��es dos �ltimos 10 anos (2011 a 2020), houve detalhamento da distribui��o temporal de publica��o dos artigos; dos autores com maior n�mero de publica��es; das bases de dados e dos peri�dicos com maior n�mero de publica��es; do Qualis das revistas que mais publicaram; e do idioma mais frequentemente utilizado.

Filtros utilizados:

�         Per�odo: Janeiro de 2011 at� Dezembro de 2020

�         Tipo: Artigos

�         Idioma: Qualquer idioma

 

4.1 Distribui��o Temporal das Publica��es:

O total de artigos publicados sobre a sa�de dos policiais, entre 2011 e 2020, foi de 741, como pode ser observado no Gr�fico 1. Pelo gr�fico pode-se inferir que houve um aumento gradual no n�mero de publica��es nesse per�odo.� A Seguran�a P�blica (SP) no Brasil foi uma �rea que cresceu e se estruturou bastante nessa �ltima d�cada e provavelmente esse foi o motivo de tamb�m ter havido um aumento no interesse por parte do meio acad�mico sobre o servidor desse segmento.

Fazem parte da SP no Brasil: Pol�cia Federal; Pol�cia Rodovi�ria Federal; Pol�cia Ferrovi�ria Federal; Pol�cias Civis; Pol�cias Militares e Corpos de Bombeiros Militares; e a Pol�cia Penal.

Esses servidores juntamente com a sociedade s�o respons�veis legalmente por garantir a seguran�a dos indiv�duos dentro do estado democr�tico de direito.

 

4.2 Distribui��o Temporal de Artigos Revisados aos Pares:

A revis�o por pares, tamb�m denominada revis�o parit�ria ou arbitragem, � um processo utilizado por peri�dicos antes da publica��o de artigos e outros trabalhos em que ocorre uma avalia��o cr�tica por dois especialistas do mesmo n�vel do autor. Essa metodologia � fundamental para a divulga��o do conhecimento, sendo uma etapa essencial no julgamento de manuscritos cient�ficos (JENAL et al., 2012).

O processo de revis�o aos pares � realizado por� especialistas da �rea,� possuindo assim� aspectos subjetivos em sua constitui��o, e portanto, pass�vel de incorrer em alguma falha, mas por outro lado proporciona uma melhor qualidade,� rigor,� exatid�o e� credibilidade dos conte�dos publicados (MENDES; MARZIALE, 2001).

No Gr�fico 2 pode-se notar que foram encontrados 674 artigos revisados aos pares, enquanto os n�o revisados somaram um total de 741, ou seja, 90,9 % dos artigos publicados nessa base de dados foram revisados aos pares antes de sua publica��o. Artigos revisados aos pares possuem uma confiabilidade maior quando comparados a artigos que n�o passaram por essa mesma metodologia. Ademais, s�o mais precisos em rela��o ao conte�do publicado, ao cumprimento das regras colocadas pela comunidade cient�fica, bem como a observa��o de normas legais e �ticas.

 

4.3 Autores com maior n�mero de publica��es:

Os autores nacionais com maior n�mero de publica��es sobre a tem�tica do adoecimento dos profissionais de seguran�a p�blica, no contexto brasileiro de trabalho, podem ser observados no Gr�fico 3:

�         MINAYO, Maria Cec�lia de Souza (7 artigos)

�         SOUZA, Edinilsa Ramos (7 artigos)

�         MENEGHEL, Stela Nazareth (7 artigos)

�         CONSTANTINO, Patr�cia (5 artigos)

�         DINIZ, D�bora (5 artigos)

 

MINAYO � graduada em Sociologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) (1978), e em Ci�ncias Sociais pela City University of New York (1979). Possui mestrado em Antropologia Social pela UFRJ (1985) e doutorado em Sa�de P�blica pela Funda��o Oswaldo Cruz (1989). � editora da Revista Ci�ncia & Sa�de Coletiva da Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (ABRASCO). Atua na �rea de Sa�de P�blica como professora, pesquisadora e orientadora principalmente nos seguintes temas: metodologia da pesquisa social em sa�de p�blica; viol�ncia e sa�de; e sa�de coletiva. J� orientou 80 teses e disserta��es, publicou 225 artigos cient�ficos, 204 cap�tulos de livros. � membro do conselho editorial de 14 revistas cient�ficas.

SOUZA se graduou em Psicologia em 1977 pela Universidade Federal de Pernambuco. Possui mestrado em Sa�de P�blica pela Funda��o Oswaldo Cruz (1991) e doutoramento em Sa�de P�blica pela Funda��o Oswaldo Cruz (1995). � pesquisadora em Sa�de P�blica na Funda��o Oswaldo Cruz. Possui conhecimento na �rea de Sa�de Coletiva, com �nfase em Viol�ncia e seu Impacto na Sa�de, atuando principalmente nos seguintes temas: morbimortalidade por acidentes e viol�ncias; causas externas; avalia��o de programas e servi�os; aten��o � sa�de e seguran�a p�blica.

A trajet�ria de forma��o e o v�nculo institucional dessas duas autoras evidencia o interesse por pesquisar a rela��o entre sa�de e viol�ncia, e entre sa�de e Seguran�a P�blica. Ambas s�o refer�ncia dentro dessa tem�tica em nosso pa�s, inclusive publicaram um livro em parceria no ano de 2008 intitulado Miss�o de Prevenir e Proteger � Condi��es de Vida, Trabalho e Sa�de dos Policiais Militares do Rio de Janeiro. Livro esse que trata especificamente do adoecimento f�sico e mental de policiais em decorr�ncia das condi��es de trabalho.

 

 

4.4 Bases de dados com Maior N�mero de Publica��es:

 

Como demonstrado no Gr�fico 4, as Bases de dados com maior n�mero de publica��es sobre o adoecimento dos policiais no Peri�dico Capes entre 2011 e 2020 foram:

�         OneFile (GALE): 498 artigos

�         Directory of Open Access Journals (DOAJ): 271 artigos

�         Scopus (Elsevier): 251 artigos

�         SciElo (CrossRef): 246 artigos

�         Sociological Abstracts: 211 artigos

 

GALE Academic OneFile � uma base de dados com sede no Michigan EUA oriunda da Cengage. � considerada uma grande editora educacional, pois oferece acesso a milh�es de artigos e mais de 19 mil peri�dicos e fontes credenciadas como The Economist, The New York Times, Cable News Network (CNN), e British Broadcasting Corporation (BBC). O c�digo no Peri�dico Capes � 01276.

O Directory of Open Access Journals (DOAJ) � um diret�rio eletr�nico de revistas mantido pela Lund University Libraries na Su�cia, oferece acesso aberto e gratuito de peri�dicos de excelente qualidade e revisados aos pares, sendo o c�digo no Capes: 00730.

Essas duas bases de dados s�o internacionalmente conhecidas e publicaram relevantes materiais acad�micos sobre as condi��es de vida e trabalho dos policiais em todo o mundo. Elas s�o refer�ncia e podem ser consultadas quando da abordagem da tem�tica de sa�de de policiais.

 

4.5 Peri�dicos com Maior N�mero de Publica��es:

 

Os Peri�dicos nacionais com maior n�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes, como pode ser visto no Gr�fico 5, foram:

�         Revista Ci�ncia & Sa�de Coletiva:� 301 artigos

�         Revista Direito e Praxis: 74 artigos

�         Revista de Estudos Feministas: 35 artigos

�         Revista Brasileira de Medicina do Trabalho: 19 artigos

 

A Revista Ci�ncia & Sa�de Coletiva, criada em 1966 e editada pela Associa��o Brasileira de Sa�de Coletiva (ABRASCO), � um espa�o cient�fico para debates, discuss�es, e exposi��es de pesquisas, e de novas ideias relacionadas a Sa�de Coletiva. Ela segue as regras de publica��o cient�fica da Conven��o de Vancouver, conven��o essa geralmente utilizada nas �reas de medicina e sa�de p�blica.

No decorrer de sua hist�ria, a Revista experimentou um exponencial crescimento e atualmente publica artigos de origem inglesa, francesa e espanhola. � classificada como categoria A3 no Qualis/Capes.� E existe intenso empenho dos Editores para que ela alcance a classifica��o A1.�

A Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva possui como principais indexa��es:

Scientific Electronic Library Online  (SCIELO); Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ci�ncias da Sa�de (LILACS); Directory of Open Access Journals� (DOAJ); Index Medicus (MEDLINE); Sistema Regional de Informa��o em Linha para Revistas Cient�ficas da Am�rica LatinaCaribeEspanha e Portugal (LATINDEX); Repdisca/ Organiza��o Pan-Americana da Sa�de (OPAS);

 

4.6 Qualis dos Peri�dicos que Mais Publicaram Sobre o Assunto:

O Qualis � um sistema de avalia��o dos programas de p�s-gradua��o. Esse sistema foi idealizado em 1977 pela Coordena��o de Aperfei�oamento de Pessoal de N�vel Superior (CAPES), e estabelecido com o aux�lio do Conselho T�cnico-Cient�fico da Educa��o Superior (CTC-ES). Atrav�s dele ocorre a classifica��o dos Peri�dicos que divulgam a produ��o intelectual cient�fica dos programas de p�s-gradua��o stricto sensu (mestrado e doutorado). Atualmente o Qualis � expresso por meio de sete estratos: A1, A2, A3, B1, B2, B3 e B4. Sendo A1 o �padr�o ouro� em termos de qualidade na produ��o cient�fica (BARATA, 2016).

Como demonstrado na Tabela 1, as revistas que mais publicaram sobre �sa�de dos policiais� nos �ltimos dez anos, segundo busca no Peri�dico Capes, foram a Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva com Qualis A3, e a Revista Direito e Praxis considerada A1. Fato esse que traz credibilidade ao leitor que desejar se aprofundar se nesse assunto pois essas classifica��es s�o consideradas muito boas, e sugerem que o rigor dos editores no momento de avaliar os artigos foi elevado.

 

 

4.7 Distribui��o Segundo o Idioma Publicado:

Observando o Gr�fico 6, os idiomas com maior n�mero de publica��es sobre a sa�de f�sica e mental do policial no Peri�dico Capes entre 2011 e 2020 foram:

�         Ingl�s: 520 artigos

�         Portugu�s: 456 artigos

�         Espanhol: 289 artigos

�         Alem�o: 01 artigo

H� um predom�nio da l�ngua inglesa nas publica��es cient�ficas mundiais, pois a maior parte dos Peri�dicos traz essa obrigatoriedade para publica��o. Ortiz faz uma an�lise cr�tica da expans�o da l�ngua inglesa no mundo contempor�neo e da mudan�a do patamar desse idioma de internacional para mundial, argumentando que a essa mudan�a est� diretamente ligado ao contexto da globaliza��o.

Ele questiona a funcionalidade da utiliza��o de uma l�ngua franca, tanto nas ci�ncias naturais quanto nas humanas, pois linguisticamente existe um contexto geogr�fico-hist�rico espec�fico que deve ser levado em conta, e que geralmente a l�ngua franca n�o est� apta a decodificar (ORTIZ, 2004).

Estudiosos questionam a predomin�ncia da l�ngua inglesa nas publica��es acad�micas, principalmente quando se trata de estudos oriundos das Am�ricas Central e Latina. Eles tamb�m concluem que o ideal � que os peri�dicos adotassem �tr�s l�nguas francas�, o espanhol, o portugu�s, e o ingl�s. (FORATTINI, 1997).

 

 

CONCLUS�O

 

A realiza��o do estudo bibliom�trico permitiu conhecer um pouco mais sobre o estado da arte das publica��es cient�ficas que abordam as condi��es de sa�de f�sica e mental de policiais. A pesquisa auxiliou tamb�m na compreens�o sobre como a atividade laboral influencia o adoecimento deste profissional.

Com uso dos descritores: sa�de dos policiais, e sa�de mental dos policiais foram analisadas publica��es entre os anos de 2011 e 2020. Houve detalhamento do n�mero de publica��es com e sem revis�o aos pares; os autores; as bases de dados; os peri�dicos com maior n�mero de publica��es; o Qualis das revistas que mais publicaram, e os idiomas mais recorrentemente utilizados.

A an�lise bibliom�trica permitiu concluir que houve a publica��o de 741 artigos sobre a tem�tica investigada, sendo que desses, 674 foram revisados aos pares. As autoras com maior n�mero de publica��es foram a Cec�lia Minayo e Edinilsa Souza. As bases de dados que se destacaram foram a GALE e a DOAJ. Os peri�dicos nacionais com maior n�mero de publica��es foram a Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva e a Revista Direito e Praxis; sendo o Qualis dessas revistas A3 e A1 respectivamente; e finalmente os idiomas mais utilizados nessas publica��es foram o ingl�s e o portugu�s.

A organiza��o do trabalho policial abarca, entre outras coisas: a maneira como se estruturam as institui��es com seus principais pilares; a miss�o; a divis�o e a forma de execu��o das tarefas; a hierarquia das a��es; a responsabiliza��o; os ritmos estabelecidos; e o sistema de controle. Toda essa estrutura, quando disfuncional, pode ser fonte de adoecimento f�sico ou ps�quico do trabalhador. Essa organiza��o do trabalho pode ser, portanto, tanto fonte de prazer como de sofrimento e adoecimento. A psicodin�mica do trabalho policial pode melhorar ou diminuir a qualidade de vida e de labor desses servidores.

Em rela��o � sa�de f�sica, algumas doen�as possuem maior preval�ncia entre os policiais, dentre elas:� doen�as ortop�dicas, doen�as cardiorrespirat�rias, altera��es visuais, hipertens�o arterial sist�mica, s�ndromes metab�licas, altera��es glic�micas, diabetes, sobrepeso e obesidade. V�rias dessas altera��es org�nicas ocorrem em virtude de h�bitos adquiridos durante a carreira desse trabalhador. Os principais h�bitos delet�rios desenvolvidos por policiais s�o: tabagismo, uso abusivo de �lcool; uso de drogas l�citas e il�citas (tranquilizantes e maconha); inclus�o de dieta rica em gorduras e a�ucares e de baixo valor nutricional; e o sedentarismo.

Ao observar a sa�de mental dos servidores da seguran�a p�blica, a literatura destaca, dentre as altera��es mais frequentemente encontradas: s�ndrome de burnout e outros transtornos ps�quicos como depress�o, estresse p�s-traum�tico, s�ndromes do p�nico, e bipolaridade.

Essa pesquisa permitiu inferir que a sa�de do policial � sim afetada pela atividade profissional. Estudos espec�ficos que abordam a sa�de geral de profissionais de seguran�a p�blica n�o s�o t�o frequentes, e os que se ocupam da sa�de mental s�o ainda menos comuns. Conhecer as principais comorbidades f�sicas e psicol�gicas dos policiais � fundamental para que se possa produzir pol�ticas de preven��o e promo��o de sa�de que melhorem as condi��es de vida e de trabalho desses profissionais.

A cria��o de pol�ticas de promo��o de sa�de dentro das institui��es policiais deve envolver a��es intersetoriais, com atua��o de equipes de sa�de multiprofissionais. Essas pol�ticas devem conter a��es que busquem: a preven��o das doen�as cr�nicas mais recorrentes; programas que incentivem a pr�tica esportiva como forma de se dirimir o sedentarismo e melhorar a qualidade de vida; programas que� abordem e estimulem a alimenta��o saud�vel; programas de redu��o as adic��es ao tabaco, �lcool e outras drogas; a��es e check-ups peri�dicos nas �reas m�dica, odontol�gica e psicol�gica; e finalmente a previs�o de espa�os de escuta� - locais estruturados para acolher e ouvir as principais afli��es do servidor em rela��o a sua vida laboral.

A cria��o de pol�ticas em sa�de dentro das corpora��es n�o envolve apenas garantir ao trabalhador o acesso �s equipes de sa�de. Esse desenvolvimento de pol�ticas perpassa algo bem maior e desafiador que � a reestrutura��o da organiza��o do trabalho policial. Sem a reorganiza��o laboral das institui��es de seguran�a p�blica as a��es que fomentem a sa�de ser�o incompletas e paliativas.

 

BIOGRAFIA DA AUTORA

Biankarla Santos B�rbara Melo

Mestre em Sa�de Coletiva IPTSP-UFG

Capit�o QOSPM (Quadro de Oficiais da Sa�de da Pol�cia Militar do Estado de Goi�s) Cirurgi�-Dentista.

Especialista em Sa�de P�blica com �nfase em Sa�de da Fam�lia.

Doutoranda em Direitos Humanos pela Universidade Federal de Goi�s (UFG).

 

Impact of professional activity on physical and mental health of public safety professionals - bibliometric analysis

ABSTRACT

This study aimed to carry out a bibliometric research on the physical and mental health of public security professionals and to verify the state of the art of the scientific publications on this subject between 2011 and 2020. For this, searches were carried out in the Capes Journal with the following keywords: police health; mental health; and police. Taking into account that the police profession is at the top of the professions with the greatest risk of illness, the following question was raised: how often have studies that seek to understand this illness been published? The bibliometric analysis allowed us to conclude that 741 articles were published. The authors stood out given the number of publications: Cec�lia Minayo and Edinilza de Souza; the Databases: GALE and DOAJ; the Periodicals: Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva and Revista Direito e Praxis; with Qualis A3 and A1 respectively; and finally, the most used languages ​​in these publications were English and Portuguese. The bibliometric results showed that the number of researches in this area is still limited and that more studies are needed to support the creation of specific public health policies that meet the needs of this professional.

Keywords: police health; mental health; police; bibliometrics; health.

 

Impacto de la actividad profesional en la salud f�sica y mental de los profesionales de seguridad p�blica - an�lisis bibliom�trico

RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo realizar una investigaci�n bibliom�trica sobre la salud f�sica y mental de los profesionales de la seguridad p�blica, y verificar el estado del arte de las publicaciones cient�ficas sobre este tema, entre 2011 y 2020. Para ello, se realizaron b�squedas en los Capes. Revista con las siguientes Palabras Clave: Salud policial; Salud mental; y Polic�a. Teniendo en cuenta que la profesi�n policial est� en la cima de las profesiones con mayor riesgo de enfermedad, se plante� la siguiente pregunta: �C�mo y con qu� frecuencia se han publicado estudios que buscan comprender esta enfermedad? El an�lisis bibliom�trico permiti� concluir que hubo una publicaci�n total de 741 art�culos. Los autores destacaron en relaci�n al n�mero de publicaciones: Cec�lia Minayo y Edinilza de Souza; las Bases de Datos: GALE y DOAJ; Revistas: Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva y Revista Direito e Praxis; con Qualis A3 y A1 respectivamente; y finalmente, los idiomas m�s utilizados en estas publicaciones fueron el ingl�s y el portugu�s. Los resultados bibliom�tricos mostraron que el n�mero de investigaciones en esta �rea es a�n limitado, y que se necesitan m�s estudios que apoyen la creaci�n de pol�ticas de salud p�blica espec�ficas que acojan y satisfagan las necesidades de este profesional.

Palabras clave: salud policial; salud mental; polic�a; bibliometr�a; salud.

 

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Ap�ndice

 

Gr�fico 1: N�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).

 

Gr�fico 2: N�mero de publica��es revisadas aos pares sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).

 

Gr�fico 3: Autores com maior n�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

���

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020)

 

Gr�fico 4:� Bases de dados com maior n�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gr�fico 5: Peri�dicos com maior n�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).

 

Tabela 1: Qualis dos Peri�dicos com maior n�mero de publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

REVISTA

Classifica��o CAPES

Revista Ci�ncia e Sa�de Coletiva

A3

Revista Direito e Praxis

A1

Revista de Estudos Feministas

A1

Revista Brasileira de Medicina do Trabalho

B1

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).

 

Gr�fico 6: Idiomas das publica��es sobre Sa�de dos Policiais entre 2011 e 2020 no Peri�dico Capes.

 

Fontes: Dados extra�dos do Peri�dico Capes (2011-2020).