MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura

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Simone Mariana Delgado
Kristiane de Cassia Mariotti

Resumo

A Necropapiloscopia Forense é uma área pericial que trata da identificação humana post mortem por meio de impressões digitais. Para a realização da perícia necropapiloscópica os papiloscopistas utilizam métodos convencionais preconizados pela literatura e previstos em manuais e POP’s (procedimentos operacionais padrão). Porém, fenômenos cadavéricos e condições de morte como putrefação, mumificação, carbonização, saponificação e maceração, podem dificultar e até mesmo inviabilizar a obtenção de impressões digitais com qualidade suficiente para exame, o que faz com que muitos cadáveres permaneçam sem identificação. Diante disso, este artigo pretende fazer levantamento e discussão de trabalhos científicos que ofereçam propostas de técnicas de identificação humana post mortem na área de Necropapiloscopia Forense, caracterizando-as, descrevendo-as e avaliando-as, para que possam ser direcionadas à prática forense, fundamentada em conhecimento científico. A revisão integrativa foi eleita como metodologia de pesquisa. Buscou-se publicações completas sobre a temática no período de janeiro/2002 a março/2019, nas bases de dados Scopus, Pubmed e Google Scholar, nos idiomas português e inglês. 17 publicações enquadraram-se no critério de inclusão. As técnicas recomendadas incluem desde procedimentos manuais, relativamente simples, como técnica do pó e técnica da moldagem; à procedimentos mais complexos, como as técnicas de maceração química que exigem excisão de falanges e tratamento com reagentes químicos. As novas tendências apontam o uso da tecnologia como câmeras fotográficas, smartphones, scanners agregados a softwares para captura digital de impressões digitais e compartilhamento em tempo real das imagens, bem como, dos fatores de correção do sistema AFIS, uma vez que resolvem problemas como encolhimento e colapso das estruturas dos dedos. Os resultados encontrados neste estudo apontam que: métodos de identificação post mortem em Necropapiloscopia é uma área ainda pouco explorada pela literatura forense, principalmente aqui no Brasil; há necessidade de desenvolvimento de estudos científicos que preencham lacunas na área; as técnicas recomendadas na literatura devem ter continuidade na prática forense, para que possam ser devidamente aplicadas, aprimoradas, difundidas e incluídas em protocolos e POP’s da área, visando a melhoria significativa nos resultados que envolvam identificação humana de  cadáveres em diferentes estágios e condições de morte.

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Como Citar
MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências Policiais, Brasília, Brasil, v. 11, n. 3, p. 349–383, 2020. DOI: 10.31412/rbcp.v11i3.715. Disponível em: https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/715.. Acesso em: 21 nov. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Simone Mariana Delgado, Perícia Oficial e Identificação Tecnica

Papiloscopista lotada na Gerência de Plantão Integrado do Instituto de Identificação de Mato Grosso "Dr. Aroldo Mendes paiva"; Especialista em Identificação Humana pela Academia Nacional de Polícia Federal

Kristiane de Cassia Mariotti, Polícia Federal

Papiloscopista Policial Federal lotada no Grupo de Identificação da Superintendência Regional no Rio Grande do Sul

Docente da Academia Nacional da Polícia Federal 

Pós-doutora em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Como Citar

MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO POST MORTEM EM NECROPAPILOSCOPIA FORENSE: revisão de literatura. Revista Brasileira de Ciências Policiais, Brasília, Brasil, v. 11, n. 3, p. 349–383, 2020. DOI: 10.31412/rbcp.v11i3.715. Disponível em: https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/715.. Acesso em: 21 nov. 2024.

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