O Combate à Violência na Perspectiva da Teoria dos Sistemas Vivos

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Andre Dias Costa

Resumo

A proposta do presente estudo é provocar o leitor a repensar o problema da violência sob a perspectiva da Teoria dos Sistemas Vivos. Para isso, discorre-se sobre o paradigma positivista, sua importância para o desenvolvimento da ciência, assim como suas limitações. Em seguida, sintetizam-se alguns elementos da Teoria em referência para, finalmente, lançar um olhar sistêmico sobre o combate à violência. Os procedimentos metodológicos respeitam o paradigma ora adotado, equilibrando síntese e análise em uma abordagem sistêmica-relacional. Paralelamente, utiliza-se também, dentro da perspectiva de uma pesquisa qualitativa exploratória, ferramentas de pesquisa bibliográfica típicas da análise de conteúdo, abordando a literatura teórica, empírica e metodológica sobre o tema do estudo. Os resultados sugerem que não há solução cartesiana para problemas complexos como o da violência. É necessário enxergar o problema em toda sua complexidade, compreender suas relações com outros sistemas e identificar as causas e consequências de seus fenômenos, elaborando soluções holísticas. Conclui-se que a efetividade no gerenciamento desse problema social depende da transcendência do paradigma positivista e ampliação do conceito de segurança pública, adotando as premissas de que são as relações que definem a existência, e a essência dos sistemas vivos é a auto-organização.

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Como Citar
O Combate à Violência na Perspectiva da Teoria dos Sistemas Vivos. Revista Brasileira de Ciências Policiais, Brasília, Brasil, v. 10, n. 2, p. 111–126, 2020. DOI: 10.31412/rbcp.v10i2.567. Disponível em: https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/567.. Acesso em: 8 abr. 2025.
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Artigos
Biografia do Autor

Andre Dias Costa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte Polícia Federal

Sou bacharel em Turismo, com habilitação em Administração Hoteleira pela UFRN, onde fui agraciado com a medalha de mérito acadêmico e laureado por ter sido o melhor concluinte de minha turma. Durante a graduação, fui bolsista de pesquisa por quase dois anos e pesquisador voluntário por outros dois, trabalhando com áreas como Estratégia, Planejamento Estratégico Baseado em Cenários Prospectivos, Marketing, Administração e Turismo.  Em 2009, fui agraciado com outra bolsa de pesquisa durante minha especialização em Segurança Pública vinculada ao Departamento de Ciências Políticas da Unieuro, em Brasília, concluída em 2010. Em 2016, tornei-me Mestre em Administração pela UFRN. Atualmente, sou doutorando em Administração também pela UFRN.

Profissionalmente, sou Agente de Polícia Federal desde 2005, quando me classifiquei em primeiro lugar no concurso público de acesso à carreira. Tenho experiência em Administração, especialmente em planejamento (Estratégia e Gerenciamento de Projetos) e trabalhei nas áreas de Planejamento Estratégico, Controle Interno, Logística, Padronização e Normatização, Organização e Métodos, Gerenciamento de Projetos e Imigração. Fui responsável pelo Escritório de Gerenciamento de Projetos da Polícia Federal no RN e pelo Programa de Coordenação das ações de segurança da Copa do Mundo 2014 no Estado. Tenho experiência como docente e tutor de ensino à distância na Academia Nacional de Polícia.

Como Citar

O Combate à Violência na Perspectiva da Teoria dos Sistemas Vivos. Revista Brasileira de Ciências Policiais, Brasília, Brasil, v. 10, n. 2, p. 111–126, 2020. DOI: 10.31412/rbcp.v10i2.567. Disponível em: https://periodicos.pf.gov.br/index.php/RBCP/article/view/567.. Acesso em: 8 abr. 2025.

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