NEUTRALIZAÇÃO SELETIVA DE ALVOS TOPOLÓGICOS DE ALTO RETORNO EM FACÇÕES CRIMINOSAS
Barra laterale dell'articolo
Contenuto principale dell'articolo
Abstract
Abordam-se neste artigo a origem, comportamento e características topológicas das facções criminosas brasileiras segundo o prisma da ciência de redes. Mostra-se a estreita relação deste fenômeno com a dinâmica topológica de confinamento, resultando no próprio Estado como catalisador da gênese faccional. Se por um lado a organização da teia criminal brasileira é menos hierarquizada e mais horizontal que outros agrupamentos criminosos típicos como as máfias italianas e as células terroristas, por outro lado, esta ordem organizacional expõe fragilidades que podem ser exploradas pelo sistema de controle criminal. Argumenta-se, pois, que a neutralização seletiva de Alvos Topológicos de Alto Retorno (ATAR) em Regime Disciplinar Diferenciado Pleno (RDD Pleno) tem o condão de fragmentar a rede complexa de facções criminosas nacionais, causando uma forte e consistente redução nos índices de violência. A identificação de ATAR se mostra como tarefa híbrida, pois não prescinde das ferramentas tradicionais de investigação, bem como de métodos matemáticos próprios.
Dettagli dell'articolo
La rivista ha diritti esclusivi sulla prima pubblicazione, stampata e/o digitale, di questo testo accademico, che non pregiudica il diritto d'autore del responsabile della ricerca.
La riproduzione (in tutto o in parte) del materiale pubblicato dipende dalla citazione espressa di questa rivista come origine, citando il volume, il numero di edizione e il link DOI per un riferimento incrociato. Ai fini dei diritti, la fonte di pubblicazione originale deve essere registrata.
L'utilizzo dei risultati qui pubblicati in altri veicoli di divulgazione scientifica, anche se da parte degli autori, dipende dall'espressa indicazione di questa rivista come mezzo di pubblicazione originale, pena la caratterizzazione di una situazione di autoplagio.
____________________________________________
Informazioni aggiuntive e dichiarazioni dell'autore
(integrità scientifica)
Dichiarazione di conflitto di interessi: gli autori confermano che non vi sono conflitti di interesse nello svolgimento di questa ricerca e nella stesura di questo articolo.
Dichiarazione di paternità: tutti e solo i ricercatori che soddisfano i requisiti di paternità per questo articolo sono elencati come autori; tutti i coautori sono pienamente responsabili di questo lavoro nella sua interezza.
Dichiarazione di originalità: L'autore(i) garantisce che il testo qui pubblicato non è stato precedentemente pubblicato altrove e che la futura ripubblicazione sarà effettuata solo con espresso riferimento al luogo di pubblicazione originale; certifica inoltre che non vi è plagio di materiale di terzi o autoplagio.
____________________________________________
Archiviazione e distribuzione
Il PDF finale pubblicato può essere archiviato, senza restrizioni, su qualsiasi server ad accesso aperto, indicizzatore, repository o pagina personale, come Academia.edu e ResearchGate.
Come citare
Riferimenti bibliografici
AGRESTE, S. et al. Network structure and resilience of mafia syndicates. Information Sciences, v. 351, n. 30, p. 47, 2016. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/j.ins.2016.02.027>. Acesso em: 03 jun. 2019.
ALBERT, R.; JEONG, H.; BARABÁSI, A.L. Internet: diameter of the world-wide web. Nature, v. 401, n. 6749, p. 130-131,1999. Disponível em: <https://doi.org/10.1038/43601>. Acesso em: 03 jun. 2019.
______. Error and attack tolerance of complex networks. Nature, v. 406, n. 6794, p. 378-382, 2000. Disponível em: <https://doi.org/10.1038/35019019>. Acesso em: 03 jun. 2109.
AL-KHALIDI, S. [Syria death toll now exceeds 210,000: rights group]. Amã, 2015. Disponível em:
<https://www.reuters.com/article/us-mideast-crisis-toll/syria-death-toll-now-exceeds-210000-rights-group-idUSKBN0LB0DY20150207>. Acesso em: 03 jun. 2019.
AMORIM, C. Comando vermelho. 1 ed. Rio de Janeiro: BestSeller, 2011.
ASCH, S.E. Studies of independence and conformity: I. A minority of one against a unanimous majority. Psychological monographs: general and applied, Washington, v. 70, n 9, p. 1-70, 1956. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1037/h0093718>. Acesso em: 03 jun. 2019.
BARABÁSI, A.L. Linked: The new science of networks. 1 ed. Nova Iorque: Perseus Books, 2003.
______. Bursts: the hidden patterns behind everything we do, from your e-mail to bloody crusades. 1 ed. Nova Iorque: Plume, 2011.
______. Network science. 1 ed. Cambridge: Cambridge University Press, 2016.
BARBOSA, C.S., As facções criminosas do RN: sangue e morte em Alcaçuz. [S.I.:s.n.], 2019.
BICHLER, G.; MALM, A. E. Disrupting criminal networks: network analysis in crime prevention. 1 ed. Boulder: Lynne Rienner Publishers, 2015.
BLONDEL, V.D. et al. Fast unfolding of communities in large networks. Journal of statistical mechanics: theory and experiment, v. 2008, n. 10, p. P10008, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1088/1742-5468/2008/10/P10008>. Acesso em: 03 jun. 2019.
BRAME, R. et al. Recidivism in a sample of serious adolescents offenders. Journal of Quantitative Criminology, v. 34, n. 1, p. 167-187, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s10940-016-9329-2>. Acesso em: 03 jun. 2019.
CALLAWAY, D.S. et al. Network robustness and fragility: percolation on random graphs. Physical review letters, v. 85, n. 25, p. 5468, 2000. Disponível em: <https://doi.org/10.1103/PhysRevLett.85.5468>. Acesso em: 03 jun. 2019.
CARRINGTON, P.J.; SCOTT, J.; WASSERMAN, S. Models and methods in social network analysis: structural analysis in the social sciences. 1 ed. Cambridge: Cambridge university press, 2005.
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Consultoria legislativa. Brasília, 2016.
CRESSEY, D.R. Changing criminals: The application of the theory of differential association. American Journal of Sociology, Chicago, v. 61, n. 2, p. 116-120, 1955. Disponível em: <https://doi.org/10.1086/221691>. Acesso em: 03 jun. 2019.
D'ANGELO, E. et al. Facções criminosas no Brasil: fronteira e crimes violentos. 1 ed. Leme: CL EDIJUR, 2019.
DA CUNHA, B.R. Estudo sobre a topologia das redes criminais. 2017. 84 f. Tese (Doutorado em Física Teórica) - Instituto de Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Tese de Doutorado, 2017. Disponível em: <https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/169125> . Acesso em: 03 jun. 2019.
______. Argumento topológico para a priorização de alvos-chave em organizações criminosas. In: BALDAN, E.L.; FERNANDES, A.P.P. Ciências policiais e segurança pública. 1 ed. Goiânia: Ilumina, 2018. p. 234-236.
DA CUNHA, B.R.; GONZÁLEZ-AVELLA, J.C.; GONÇALVES, S. Fast fragmentation of networks using module-based attacks. PloS one, São Francisco, v. 10, n. 11, p. e0142824, 2015. Disponível em: <https://doi.org/10.1371/journal.pone.0142824>. Acesso em: 03 jun. 2019.
DA CUNHA, B.R.; GONÇALVES, S. Performance of attack strategies on modular networks. Journal of Complex Networks, Oxford, v. 5, n. 6, p. 913-923, 2017. Disponível em: <https://doi.org/10.1093/comnet/cnx015>. Acesso em: 03 jun. 2019.
______. Topology, robustness, and structural controllability of the Brazilian Federal Police criminal intelligence network. Applied Network Science, v. 3, n. 1, p. 36, 2018. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s41109-018-0092-1>. Acesso em: 03 jun. 2019.
DEPARTMENT OF DEFENSE. [Dictionary of military and associated terms]. Washington, 2019. Disponível em:<https://www.jcs.mil/Portals/36/Documents/Doctrine/pubs/dictionary.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2019.
DOROGOVTSEV, S.N.; MENDES, J.F.F. Evolution of networks: From biological nets to the Internet and WWW. 1 ed. Oxford: Oxford University Press, 2013.
DUIJN, P.A.C.; KASHIRIN, V.; SLOOT, P.M.A. The relative ineffectiveness of criminal network disruption. Scientific Reports, v. 4, p. 4238, 2014. Disponível em:<https://doi.org/10.1038/srep04238>. Acesso em: 03 jun. 2019.
ESTRADA, E.; KNIGHT, P.A. A first course in network theory. 1 ed. Oxford: Oxford University Press, 2015.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Brasília, 2018. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/relatorio_institucional/180604_atlas_da_violencia_2018.pdf>. Acesso em: 03 jun. 2019.
FREILICH, J.D. et al. Introducing the United States extremis crime database (ECDB). Terrorism and Political Violence, Londers, v. 26, n. 2, p. 372-384, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1080/09546553.2012.713229>. Acesso em: 03 jun. 2019.
GIRVAN, M.; NEWMAN, M.E.J. Community structure in social and biological networks. Proceedings of the National Academy of Sciences, Washington, v. 99, n. 12, p. 7821-7826, 2002. Disponível em: <https://doi.org/10.1073/pnas.122653799>. Acesso em: 03 jun. 2019.
GLAESER, E.L.; SACERDOTE, B.; SCHEINKMAN, J. Crime and social interactions. The Quarterly Journal of Economics, Oxford, v. 111, n. 2, p. 507–548, 1996. Disponível em: <https://doi.org/10.2307/2946686>. Acesso em: 03 jun. 2019.
GRANOVETTER, M.S. The strength of weak ties. In: LEINHARDT, S. Social Networks: a developing paradigm, quantitative studies in social relations. Massachusetts: Academic Press, 1977. p. 347-367, 1977. Disponível em: <https://doi.org/10.1016/B978-0-12-442450-0.50025-0>. Acesso em: 03 jun. 2019.
JAKOBS, G. Zur Theorie des Feindstrafrechts In: ROSENAU, K. Straftheorie und Strafgerechtigkeit. 1 ed. Berlin: Peter Lang, 2010. p. 167-182.
KERLEY, K.R. The Encyclopedia of corrections: the Wiley series of encyclopedias in criminology & criminal justice. 1 ed. Nova Jersey: Wiley-Blackwell, 2017. Disponível em: <http://doi.wiley.com/10.1002/9781118845387>. Acesso em: 03 jun. 2019.
LANCICHINETTI, A.; FORTUNATO, S.; RADICCHI, F. Benchmark graphs for testing community detection algorithms. Physical Review E, v. 78, n. 4, p. 046110, 2008. Disponível em: <https://doi.org/10.1103/PhysRevE.78.046110>. Acesso em: 03 jun. 2019.
MASTROBUONI, G.; PATACCHINI, E. Organized crime networks: An application of network analysis techniques to the american mafia. Review of Network Economics, v. 11, n. 3, p. 1–43, 2012. Disponível em: <https://doi.org/10.1515/1446-9022.1324>. Acesso em: 03 jun. 2019.
MCGLOIN, J. Policy and intervention considerations of a network analysis of street gangs. Criminology and Public Policy, Columbus, v. 4, n. 3, p. 607–635, 2005. Disponível em: <https://doi.org/10.1111/j.1745-9133.2005.00306.x>. Acesso em: 03 jun. 2019.
MILGRAM, S. Behavioral study of obedience. The Journal of Abnormal and Social Psychology, Washington, v. 7, n. 4, p. 371, 1963. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1037/h0040525>. Acesso em 03 jun. 2019.
MORSELLI, C. Career opportunities and network-based privileges in the cosa nostra. Crime, Law and Social Change, v. 39, n. 4, p. 383–418, 2003. Disponível em: <https://doi.org/10.1023/A:1024020609694>. Acesso em: 03 jun. 2019.
______. Inside criminal networks. 1 ed. Nova Iorque: Springer, 2009.
______. Crime and networks: criminology and justice studies. 1 ed. Abingdon: Routledge, 2013.
NEGT, O. Der politische Mensch: Demokratie als Lebensform. 4 ed. Göttingen: Steidl Gerhard Verlag, 2014.
NEWMAN, M. Networks: an introduction. 1 ed. Oxford: Oxford University Press, 2010.
PAPACHRISTOS, A.V. The coming of a networked criminology? In: MACDONALD, J. Measuring Crime and Criminality: Advances in Criminological Theory. 1 ed. Nova Jersey: Transaction Publishers, 2011. p. 101-140.
PRATT, T.C.; CULLEN, F.T. Assessing macro-level predictors and theories of crime: A meta-analysis. Crime and Justice, Chicago, v. 32, p. 373-450, 2005. Disponível em: <https://doi.org/10.1086/655357>. Acesso em: 03 jun. 2019.
SAH, R.K. Social osmosis and patterns of crime: A dynamic economic analysis. Journal of Political Economy, Chicago, v. 99, n. 6, 1991. Disponível em: <https://doi.org/10.1086/261800>. Acesso em: 03 jun. 2019.
SÁNCHEZ, J.M.S. La expansión del derecho penal: aspectos de la política criminal en las sociedades postindustriales. 1 ed. Madri: Civitas, 1999.
SCHNEIDER, E. et al. Dynamic Modular Networks Model Mediated by Confinement. Applied Network Science, v. 4, n. 1, 2019. Disponível em: <https://doi.org/10.1007/s41109-019-0143-2>. Acesso em: 03 jun. 2019.
THORNBERRY, T.P. et al. The role of juvenile gangs in facilitating delinquent behavior. Journal of Research in Crime and Delinquency, v. 30, n. 1, p. 55–87, 1993. Disponível em: <https://doi.org/10.1177/0022427893030001005>. Acesso em: 03 jun. 2019.
UNITED STATES DEPARTMENT OF JUSTICE. National public safety partnership. Washington, 2017. Disponível em:<https://www.nationalpublicsafetypartnership.org/>. Acesso em: 03 jun. 2019.
WATTS, D.J. Six degrees: the science of a connected age. 1 ed. Nova Iorque: WW Norton & Company, 2004.
ZAJONC, R.B., Social Facilitation. Science, Washington, v. 149, n. 3681, p. 269-274, 1965. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/1715944>. Acesso em: 03 jun. 2019.