COVID-19 no Equador: reviravolta favorável ao crime organizado de colarinho branco
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Resumo
A pandemia de COVID-19 foi o fator desencadeante, que mostra a profunda crise civilizatória que vem se formando há uma década. A pandemia abalou e continua abalando o planeta devido às suas diversas variantes e à velocidade exponencial de contágio que leva a altos índices de mortalidade na população.
Este artigo reflete sobre a complexidade da pandemia como um gatilho para a corrupção do colarinho branco. Para isso, a abordagem metodológica analítica escolhida articula a construção de uma perspectiva mista, reunindo as diversas ferramentas trabalhadas pelo futurista Sohail Inayatullah, tais como: Triângulo de Futuros e a Construção de Cenários de Dupla Variável. Tudo isso no marco de uma discussão ontoepistêmica sobre a complexidade do problema relacional pandemia/corrupção no Equador -casos emblemáticos- aludindo a ambientes descontínuos, heterogêneos, disruptivos e aleatórios, o que resulta no ambiente favorável para que a corrupção faça parte do crime organizado em nível estadual.
Os resultados do processo analítico mostraram que a incidência de uma governança fraca diante da pandemia, em um ambiente de alta incerteza, requer uma construção analítica que transcenda a visão conjuntural do problema e incorpore abordagens de longo prazo, e neste caso específico perspectiva hermenêutica. As conclusões preliminares sugerem a necessidade de repensar e redimensionar o valor da subjetividade, do conhecimento experiencial e extra-acadêmico para o desenho consensual de futuros possíveis, garantindo uma liderança política e uma gestão pública ótimas.
Palavras-chave: Futures studies, pensamento complexo, segurança, comunidades de aprendizagem, Inteligencia.
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